Bokar Rimpoche nasceu de uma família de pastores nômades no
Tibet, no ano do Dragão – Ferro, 1940. Foi reconhecido aos quatro anos de idade
como a reencarnação do anterior Bokar Rimpoche, pelo XVI Karmapa, e estudou nos
monastérios de Bokar e Tsurpo.
Com a invasão
chinesa no Tibet, deixou sua terra natal aos 20 anos e tornou-se discípulo do
grande iogue e mestre tibetano Kalu Rimpoche, completando, sob sua direção,
duas vezes o tradicional retiro de três anos, três meses e três dias no monastério de Sonada, Índia.
Por suas notáveis
qualidades e profunda e autentica realização, sucedeu a Kalu Rimpoche como
chefe da gloriosa linhagem Shagpa kagyü, uma das oito grandes linhagens
originais pelas quais o budismo passou da Índia para o Tibet. Fundou em Mirik o
seu próprio monastério, próximo ao de Kalu Rimpoche, especialmente destinado à
pratica de Kalachakra.
É considerado,
hoje, um dos principais mestres de meditação da linhagem Kagyü, tendo sido
escolhido por Kalu Rimpoche para dirigir os centros de retiro de Sonada, e por
Sua Santidade o XVI Karmapa para dirigir o centro de retiro de Rumtek, no
Sikkim, nova sede dos Karmapas.
Kalu Rimpoche e Bokar Rimpoche
Bokar Rimpoche
encarna perfeitamente a suprema compaixão de todos os Buddhas. Ser realizado,
dotado de grande doçura, possui um estilo direto e profundo de ensinar,
abordando os assuntos mais complexos com clareza e simplicidade.
De Bokar Rimpoche,
o Muito Veneravel Kalu Rimpoche afirmou: “Bokar Rimpoche é um Lama
extraordinário, perfeitamente realizado tanto no domínio do estudo como no da
prática. Naropa havia profetizado a seu discípulo Marpa que, em sua sucessão,
cada discípulo seria superior ao mestre que o precederia. Assim, Milarepa,
discípulo direto de Marpa, seria superior a este. Da mesma maneira, Bokar
Rimpoche será meu sucessor e será superior a mim.”
Após a invasão
chinesa do Tibet, muitos mestres Tibetanos buscaram auxilio inicialmente nos
países vizinhos e depois em diversos países da Europa e da América do Norte. A
partir de então, ao longo dos anos, esses mestres vêm incansável, generosa e
amorosamente compartindo sua experiência e seus conhecimentos com os
ocidentais.
Muito recentemente,
alguns desses mestres passaram a visitar o Brasil e a fundar centros do Dharma
em nosso país. Entretanto, para a maioria das pessoas é ainda muito difícil o
acesso aos profundos e autênticos ensinamentos do Budismo Vajrayana.
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