Por Jetsuma Tezin Pelmo
"O Problema é que nós
sempre confundimos a ideia de amor com apego. Sabe, nós imaginamos que o apego
e o agarramento que temos em nossas relações demostram que amamos, quando na
verdade é só apego, que causa dor. Porque quanto mais nos agarramos, mais temos
medo de perder. E então se nós, de fato, perdemos vamos sofrer.
Bem, o apego diz: "eu te amo, por isso eu
quero que você me faça feliz." E o amor genuíno diz: "Eu te amo, por
isso quero que você seja feliz." "Se isso me incluir, ótimo!"
"Se não incluir, eu só quero a sua felicidade." É portanto um
sentimento bem diferente. Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas
o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que
as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Quanto mais agarramos o outro com
força, mais nós sofremos.
Porem é muito difícil as pessoas entenderem isso, porque
elas pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demostra que
elas se importam com o outro. Mas não é isso. Elas realmente estão apenas
tentando prender algo porque elas têm medo de que se não for assim, elas que
acabarão se ferindo. Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que
poderemos ser preenchido pelo outro será certamente muito complicado.
Quero
dizer que, idealmente, as pessoas deveriam se unir já se sentindo preenchidas
por si mesmas e ficarem juntas apenas para apreciar isso no outro, em vez de
esperar que o outro supra essa sensação de bem estar que elas não têm sozinhas.
E isso gera muitos problemas. E isso junto com toda a projeção que vem do
romance, em que projetamos nossas ideias, ideais, desejos e fantasias
românticas sobre o outro, algo que ele nunca será capaz de corresponder.
Assim
que começamos a conhecê-lo, reconhecemos que o outro não é o príncipe encantado
ou a Cinderela. É uma pessoa comum, também lutando. E a menos que sejamos
capazes de enxergá-las, de gostar delas, e de sentir desejo por elas e também ter
bondade amorosa e compaixão, será um relacionamento muito difícil."