terça-feira, 12 de maio de 2015

Uma Piada Sobre os Buscadores Espirituais



    Margie Smith, uma mulher de aspecto agradável cujos filhos nasceram na década de 1950, se aproxima de um agente de viagens. "Eu preciso ir ao Himalaia nas minhas férias", diz a Sr. Smith. "Tenho que falar com um guru."

   "O Himalaia, Sra. Smith! Tem certeza?", pergunta o agente de viagens. "É uma viagem longa, a língua é diferente, a comida é esquisita, e tem carros de boi malcheirosos. Por que a senhora não vai a Londres ou à Flórida? A Flórida é perfeita nessa época do ano."

    A Sra. Smith se mostra inflexível. Ela precisa ir ao Himalaia falar com um guru. Assim a Sra. Smith, usando seu novo conjunto azul e os sapatos pretos confortáveis de saltos baixos, inicia a jornada ao oriente, tomando um avião, um trem, um ônibus e - sim!- um carro de boi, até finalmente chegar a um remoto mosteiro budista no Nepal. Lá um velho Lama usando um manto açafrão lhe diz que o guru que ela procura está meditando em uma caverna em cima da montanha e não pode ser incomodado. Mas a Sra. Smith veio de muito longe, e é uma mulher determinada que não desiste com facilidade.

   Finalmente o Lama cede.
  "Está bem", diz ele. "Se tem que que falar, vai falar. Mas temos algumas regras. Não pode ficar muito tempo, e quando falar com o guru, não pode dizer mais do que dez palavras. Ele vive lá sozinho, em silêncio e meditação."

   A Sra. Smith concorda, e com a ajuda de alguns Lamas, monges e guias, começa a subir a montanha. É uma subida longa e cansativa, mas ela não desiste. Com um enorme esforço de vontade e de energia, ela chega ao alto - à caverna onde o guru está meditando.

   Com a missão cumprida, a Sra. Smith se coloca de pé na entrada, e com uma voz clara e alta, diz aquilo que veio para dizer:
     "Sheldon, agora já chega! É sua mãe. Venha já para casa."



Esse texto foi tirado do livro "O Despertar do Buda Interior", Lama Surya Das. Pag. 16 e 17. Editora Rocco.

Um Suporte Para a Mente


Com o corpo estabilizado, leia o post "Vamos Meditar", devemos aprender a estabilizar a nossa mente. Em primeiro lugar, precisamos não seguir os pensamentos referentes ao passado, não seguir também aqueles dizendo respeito ao futuro, mas permanecer no presente de nossa própria mente relaxada, sem pressão. Ao mesmo tempo, podemos apoiar-nos sobre um suporte. Sugiro aqui o suporte da respiração.

      Focalize sua mente no silêncio, sem qualquer outro pensamento, apenas deixe a mente se levar pelo movimento da respiração, o ar entrando e saindo...

      Ao inspirar observe o ar que entra. Se o ar está frio, seco, em que narina entra mais... Ao expirar observe se o ar saindo está quente, úmido e assim vai. Lembre-se de manter a postura do corpo e da mente: não deixe sua mente vagar para fora da respiração. Se por acaso isso acontecer por qualquer motivo, não se deixe levar pela frustração. Apenas volte a atenção para o exercício. Volte quantas vezes for necessário.

     Sem criar expectativas, repita o exercício varias vezes... Apenas respire e observe... Aos poucos sua mente vai se estabilizando e se acalmando. Uma analogia sobre isso é comparar a mente a um copo d'água. Quando colocamos areia dentro do copo e o chacoalhamos a areia se mistura com a água deixando-a turva. Ao deixar o copo parado em algum lugar, com o tempo a areia vai descendo para o fundo do copo e a água limpa ficando na parte superior.

     O mesmo é com a nossa mente. Os pensamentos é a areia, a mente é a agua. Quando paramos e acalmamos nossa mente a areia (pensamentos) se acalma e desce para o fundo do copo. Quando nossos pensamentos se acalmam nossa mente fica mais aberta, nossa amplitude na visão e a compreensão dos fatos esternos e internos ficam bem maiores. Estamos mais calmos para compreender as coisas...

    Determine um tempo para a sua sessão de meditação. Hoje em dia é muito fácil encontrar diferentes sons nos aplicativos dos Smartphones. Escolha um som suave e coloque o relógio para despertar. No inicio estabeleça pouco tempo, uns cinco minutos já está bom. Sem pressa, com o passar do tempo, a pratica por si só vai pedindo mais tempo. Com isso você vai aumentando o seu tempo de pratica naturalmente.

    Tive um aluno que ficou por mais de um ano meditando durante cinco minutos todos os dias. Hoje ele fica, quando tem tempo, uma hora tranquilamente. O importante é não ter pressa para os resultados. Não importa se você fica cinco minutos ou duas horas, o importante é ter a disciplina de sempre sentar para meditar. Boa pratica!